A Teoria Substancial do Direito nasceu da perplexidade do autor ao se deparar com um sistema jurídico desconectado da realidade, que muitas vezes produz resultados destituídos das regras mais básicas da lógica.

​

Em sua busca pessoal, que culminou na presente obra, César Maximiano revela que o Direito é somente um dos sintomas de uma sociedade doente, que eleva a satisfação das vontades humanas ao centro do universo; uma sociedade que se desespiritualizou: "Deus está morto", o conhecimento metafísico é a desgraça da humanidade, o homem deve tornar-se um Übermensch (Super-Homem), e a Justiça é rebaixada à vontade daquele que detém o poder.

​

Para além da detecção, que se dá através do estudo histórico do pensamento jurídico, Maximiano oferece uma "nova" teoria do Direito, baseada nos ensinamentos aristotélico-tomistas, numa franca tentativa de ressignificá-lo através de sua (re) espiritualização. O autor, ao conectar o Direito à Justiça e a Justiça ao Justo, apresenta a ossatura de uma realidade jurídica composta de diferentes planos existenciais, sendo o Direito a manifestação física dessa estrutura substancial.

​

A partir dessa compreensão, o autor inicia a releitura do Direito contemporâneo: assim como se enche um decanter com vinho, Maximiano busca preencher o Direito com o espírito que lhe fora retirado pela modernidade.

​

​

​

​